Abdul pediu ajuda após perder mulher

Há dois anos, o autor do ataque ao centro Ismaili confessou que enfrenta “condições de vida difíceis”.

Abdul Bashir, o autor do ataque ao centro Ismaili em Lisboa, revelou, há dois anos, num vídeo publicado pela organização Red SOS Refugiados Europa, as “condições de vida difíceis” que enfrentava no campo de refugiados em Lesbos, na Grécia.

Na altura com 27 anos, o homem afegão apresentou-se como um “refugiado na Grécia”, onde, ao fim de “quatro ou cinco meses”, perdeu a mulher num incêndio.

Abdul estava, há cerca de um ano, em Portugal, com os três filhos menores, de 9, 7 e 4 anos. No vídeo garante que “sabe escrever um e-mail”, fala “inglês” e é “licenciado em engenharia de telecomunicações”. No entanto, não obteve respostas.

“Comuniquei os meus problemas muitas vezes por e-mail, fax e telefone ao gabinete de asilo, ao ACNUR [Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados]”, contou, no entanto “aqui, toda a gente me diz para esperar, esperar, esperar…“.

Esta terça-feira, dia 28 de março, assassinou Mariana Jadaugy, de 24 anos, e Farana Sadrudin, de 49 anos, no Centro Ismaili, em Lisboa.

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