Mário Machado acusado pelo Ministério Público de incitamento à violência sexual
Written by Mara Costa on 10 de Fevereiro, 2023
Em causa está um troca de mensagens sobre “prostituição forçada de gajas do Bloco, do MRPP e do MAS”.
Esta quinta-feira, dia 9 de fevereiro, o militante neonazi Mário Machado foi acusado pelo Ministério Público de discriminação e incitamento ao ódio e à violência sexual.
A notícia foi avançada pelo jornal Público, que acrescenta que o caso remonta há um ano, quando, numa troca de mensagens com Ricardo Pais, Mário Machado defendeu “a prostituição forçada das gajas do Bloco“, em particular à porta-voz do Movimento Alternativa Socialista, Renata Cambra.
“Tipo arrastão“, continuou Mário Machado. “A Renata Cambra terá tratamento VIP”, prometeu Ricardo Pais, frisando que isto serviria para “motivar as tropas na reconquista“.
A acusação ao militante neonazi surge na sequência de uma queixa-crime apresentada por Renata Cambra. O Ministério Público considerou que a queixa tinha cabimento, afirmando que os dois arguidos recorreram às redes sociais para “apodar de prostitutas todas as mulheres” daqueles partidos de esquerda, em particular a porta-voz do Movimento Alternativa Socialista.
Os procuradores pedem ainda que Machado seja punido como “reincidente”, por já ter sido condenado em 2011 e por ter cumprido sete anos de prisão pelos crimes de roubo, sequestro, ameaça, coação e posse ilegal de arma.
Antes disso, Mário Machado já tinha sido condenado pelo crime de difamação e pela sua participação nas agressões de skinheads a negros no Bairro Alto, em 1995, com um taco de basebol — na mesma noite em que o jovem negro Alcindo Monteiro foi morto por neonazis, crime do qual a Justiça ilibou Mário Machado.