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Os jovens estão revoltados

Written by on 4 de Janeiro, 2023

Um em cada seis não encontra emprego.

Os jovens estão revoltados. Um em cada seis não encontra emprego, dois terços dos contratos são preçários e três quartos dos salários são abaixo dos 950 euros. Miguel Costa Matos, que voltou a ser eleito líder da Juventude Socialista (JS) este mês, entrou para o Parlamento com 25 anos, em 2019. Hoje já não é o deputado mais novo, mas é um dos jovens mais próximos de António Costa. Garante que a JS “não serve só para diminuir folhetos”, reconhece que os jovens estão cansados das “quatro crises” que já viveram, que os pode levar um “voto de protesto”. E leva “propostas” ao primeiro-ministro. Mas, afinal, quais são? E como faz para convencer Costa?

Costa Matos caracteriza a JS como um organismo “autónomo” e com “irreverência” que nem sempre está em “concordância” com o partido. Miguel diz que tem prioridades: medidas de combate às alterações climáticas ou de apoio à saúde mental. O presidente da JS aponta a causa da saúde mental como uma das grandes bandeiras da organização socialista. A inclusão de psicólogos nas equipas de saúde da medicina no trabalho é uma das propostas. “É fundamental haver mais psicólogos nas instituições de ensino básico, secundário e superior”.

Costa Matos reconhece que “mais trabalho aí vem”. “A nossa é a geração das 4 crises – de 2008, de 2011, de 2020 e 2022 – e se olharmos para a realidade, percebemos porque é que os jovens estão revoltados”. Para os próximos quatro anos é necessária “mais habitação acessível”, uma aposta na “inovação”, o reforço da “ação social” e não desistir da luta pela “igualdade de oportunidades”. Só estas medidas, nas palavras de Costa Matos, poderão evitar o “voto em protesto” dos jovens nos partidos de direita e extrema-direita.

Ciente de que há “problemas estruturais” difíceis de erradicar – como a “precariedade” ou os “baixos salários” – Miguel Costa Matos não deita a toalha ao chão. “Temos a convicção [a JS] que vamos conseguir deixar o nosso país melhor em cada uma dessas áreas [habitação, saúde e trabalho jovem]”. O líder da JS não evita aquilo que chama de “fait divers” e “conjunto de infortúnios” que têm atribulado o seu partido. Vem em defesa do partido que representa. “[O PS] decidiu esvaziar os casos e casinhos ao invés de tentar soterrá-los com areia. Isso é um gesto de maturidade que merece ser reconhecido”. Para assegurar a estabilidade dos próximos quatro anos, é necessário “esclarecer” e “evitar” futuros casos semelhantes.

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