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Tratamento com “cogumelos mágicos” mostrou-se eficaz contra a depressão resistente

Written by on 30 de Dezembro, 2022

Foi administrada psilocibina (encontrada em “cogumelos mágicos”) a doentes com depressão e cerca de 29% podiam considerar-se curados.

Uma única dose de uma formulação sintética da psilocibina, uma versão da substância psicopatia que se encontra nos chamados “cogumelos mágicos” ou alucinogénicos, mostrou-se bastante eficaz a tratar a depressão resistente, de acordo com um novo estudo publicado no início de Novembro na revista New England Journal of Medicine e que envolveu doentes e o Centro Clínico Champalimaud, em Lisboa, supervisionado por Albino Oliveira Maia, director da Unidade de Neuropsiquiatria no Centro Champalimaud, o único centro em Portugal envolvido neste estudo.

Três semanas depois da administração, 29% dos doentes estavam em remissão; às 12 semanas, esse número baixava para os 20%. Apesar destes resultados, há outras conclusões do estudo que indicam que o caminho para a aplicação destas terapias será longo. Há vários anos que os cientistas estudam os efeitos terapêuticos de substâncias alucinogénias, drogas que atuam no cérebro distorcendo a perceção da realidade e que são na generalidade proibidas, mas este novo tratamento pode ajudar a aliviar a depressão grave quando combinado com ajuda de profissionais, o que aumenta a esperança de melhoras para casos que falharam com os antidepressivos existentes.

Estima-se que cerca de 100 milhões de pessoas em todo o mundo sofram de depressão resistente ao tratamento. Substâncias psicadélicas poderão ser assim uma maneira de as ajudar. Como a psilocibina atua no cérebro? Tomar psilocibina leva a um pico de dopamina (conhecida por regular o humor) e outro neurotransmissor que pode promover a plasticidade cerebral. “Quando o cérebro está num estado de maior flexibilidade, abre-se o que se considera ser uma janela de oportunidade terapêutica que, no âmbito do acompanhamento médico e da psicoterapia, pode ajudar a provocar mudanças positivas nas pessoas”. A psilocibina para além de não ser viciaste promove “mais comunicação entre as regiões do cérebro”.

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