Eutanásia aprovada na especialidade
Written by Mara Costa on 7 de Dezembro, 2022
A votação final é esta sexta-feira, dia 9, em plenário.
Segundo avança a TSF, o diploma sobre a morte medicamente assistida não punível foi, esta quarta-feira, dia 7 de dezembro, aprovado na especialidade na Assembleia da República, sendo que a votação do texto final global está marcada para esta sexta-feira, em plenário.
O texto final contou com votos contra do Chega e PCP, e abstenção do PSD.
O diploma seguirá, depois, para o Palácio de Belém, onde Marcelo Rebelo de Sousa poderá promulgar ou vetar o decreto do Parlamento ou ainda enviá-lo para o Tribunal Constitucional para verificação da sua conformidade com a lei fundamental.
Recorda-te que a votação foi adiada três vezes.
A primeira vez foi através de um pedido potestativo (ou seja, obrigatório) do Chega. Da segunda vez foi o PS que pediu o adiamento e na semana passada a votação foi novamente adiada após um pedido do Chega aprovado em comissão.
O texto de substituição foi “fechado” em meados de outubro no grupo de trabalho sobre a morte medicamente assistida. Nesta versão, o diploma estabelece que a “morte medicamente assistida não punível” ocorre “por decisão da própria pessoa, maior, cuja vontade seja atual e reiterada, séria, livre e esclarecida, em situação de sofrimento de grande intensidade, com lesão definitiva de gravidade extrema ou doença grave e incurável, quando praticada ou ajudada por profissionais de saúde“.
Desta vez, o texto de substituição deixa cair a exigência de “doença fatal”.
O texto final estabelece agora um prazo mínimo de dois meses desde o início do procedimento para a sua concretização, sendo também obrigatória a disponibilização de acompanhamento psicológico.