Guerra na Ucrânia teve início há um mês
Written by Catarina Roque on 24 de Março, 2022
Foi na madrugada de 24 de fevereiro que Vladimir Putin deu ordem aos militares russos para invadirem o país vizinho.
Esta quinta-feira, dia 24, faz um mês que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia teve início.
Ainda sem fim à vista, o conflito entre os dois países já causou pelo menos 977 mortos, dos quais 81 crianças, 1 594 feridos entre a população civil, revelam os mais recentes dados disponibilizados pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Tendo em conta os vários ataque que não permitiram recolher e confirmação informações, o Alto Comissário da ONU acredita, no entanto, que os dados sobre as vítimas civis podem estar muito aquém dos números reais, principalmente nos territórios mais afetados.
Deslocação de Crianças ucranianas
A UNICEF indicou esta quinta-feira, dia 24, que mais de metade das crianças ucranianas, cerca de 4,3 milhões, já deixaram as suas casas.
“Um mês de guerra na Ucrânia deslocou 4,3 milhões de crianças, mais da metade da população infantil do país, estimada em 7,5 milhões”, referiu o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em comunicado.
De acordo com a informação divulgada, destas crianças 1,8 milhões passaram a fronteira, rumo a países vizinhos, e 2,5 milhões deslocaram-se internamente.
Catherine Russell, diretora-geral da UNICEF, destacou que “a guerra causou um dos deslocamentos de crianças em larga escala mais rápidos desde a Segunda Guerra Mundial“.
Caos e Destruição
Apesar de todo o território ucraniano estar a ser atacado pelos russos, Mariupol, cidade portuária, é apontada como uma das com maior rasto de destruição e onde se registam mais mortes.
De acordo com as autoridades locais, cerca de 80% dos edifícios ficaram destruídos com os bombardeamentos e ataques por parte da Rússia.
Esta cidade encontra-se sem água, eletricidade ou mantimentos, pelo que é considerada uma das cidades numa situação mais crítica.
Sanções aplicadas à Rússia
- 24 fevereiro
EUA bloqueiam transações financeiras e fecha contas do Sberbank of Rússia.
Departamento de Comércio dos EUA restringe acesso por parte da Rússia a telecomunicações e tecnologia da informação.
Reino Unido impõe sanções financeiras a bancos russos e proíbe voos da Aeroflot no espaço aéreo britânico.
Canadá aplica sanções de mercado à Rússia
- 25 fevereiro
UE aplica sanções a Putin, ministros russos e bancos do país. Aplicadas restrições de voos.
EUA aplica medidas em propriedades americanas diretamente ligadas a Putin e a membros do seu governo.
Japão nega visto a russos e congela bens de entidades e cidadãos russos.
- 26 fevereiro
EUA, Canadá, UE, França, Alemanha e Itália retiram bancos russos do sistema Swift com o intuito de evitar que o Banco Central russo aplique reservas financeiras para contornar sanções.
- 28 fevereiro
Tesouro Nacional dos EUA cancela transações com o Banco Central russo, Fundo Nacional russo e o Ministério de Finanças da Rússia, sem envolver transações relacionadas com gastos energéticos.
UE bloqueia transações com Banco Central russo.
- 2 março
China anuncia que não participará nas sanções a aplicar ao pais presidido por Putin.
Sete instituições financeiras russas são excluídas pela União Europeia do sistema SWIFT.
EUA proíbe entrada de aeronaves russas no espaço aéreo americano.
- 3 março
EUA inicia controlo mais apertado nas exportações de bens destinados à indústria de petróleo na Rússia.
Canadá anuncia tarifa de 35% em bens importados diretamente de Rússia e Belarus.
- 8 março a 15 março
EUA cancela importações de petróleo, gás liquefeito e carvão vindos da Rússia.
Reino Unido revela que vai cancelar importação de petróleo da Rússia em 2022. Bens de Roman Abramovich, dono do Chelsea, congelados.
Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália e Japão aumentam tarifas sobre produtos importados da Rússia.
Banidas exportações de produtos de luxo para Rússia e Belarus por parte dos EUA.
UE restringe importação de aço e ferro da Rússia e também proíbe exportação de produtos de luxo ao país. (Fonte: diáriodonordeste.com)