ONG revela que Putin tem 40 000 sírios para se juntarem às tropas russas

A informação foi avançada esta terça-feira pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

Na passada sexta-feira, dia 11, o Kremlin apelou a que voluntários se juntassem às tropas russas na Ucrânia.

Dirigindo-se a militares e combatentes provenientes da Síria, de acordo com Rami Abdulrahman, diretor da OSDH, “mais de 40.000 sírios inscreveram-se para lutar ao lado da Rússia na Ucrânia“.

A adesão por parte dos sírios surge depois de vários oficiais russos, em coordenação com as Forças Armadas da Síria e milícias apoiantes do regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, terem aberto inscrições.

Segundo as declarações do responsável à Wide Network of Sources in Syria, autoridades russas aceitaram as candidaturas de pelo menos 22 000 pessoas, sendo que todas elas têm experiência de combate em locais urbanos.

De acordo com o diretor desta ONG, sediada no Reino Unido, foi prometido um salário de cerca de 1 000 euros a cada militar, o que se traduz num vencimento muito superior àquele que costumam ter, situando-se entre os 13 e os 32 euros mensais.

O Kremlin assegurou ainda que, caso algum destes militares seja ferido enquanto combate pela Rússia, será indemnizado em cerca de 7 000 euros. Em caso de morte, as famílias serão ressarcidas em cerca de 15 000 euros.

Rami revelou ainda que outro 18 000 sírios vão combater sob a alçada do grupo Wagner, multinacional paramilitar privada da Rússia, com ligações ao Kremlin.

Para já, fonte do Governo sírio desmentiu à France-Presse (AFP) a existência da campanha de recrutamento denunciada pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos: “Até agora, nenhum nome foi alistado, nenhum soldado está inscrito e ninguém viajou para a Rússia para lutar na Ucrânia“

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Fonte: Lusa