Mulheres e jovens: os que mais ganham o ordenado mínimo
Written by Beatriz Pereira on 27 de Novembro, 2021
Segundo consta no relatório “Retribuição Mínima Mensal Garantida 2021”, do Gabinete de Estatística e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, em junho de 2021 ganhavam o salário mínimo nacional 24,6% dos trabalhadores.
Ainda constatado no relatório que foi distribuído na reunião da Comissão Permanente de Concertação Social, “a incidência do salário mínimo nacional é razoavelmente mais elevada nos Trabalhadores por Conta de Outrem (TCO) com contratos não permanentes do que nos TCO com contratos permanentes”.
“Com efeito, em 2019, 30,2% dos TCO com contratos não permanentes tinham remuneração base igual ao salário mínimo, o que compara com 17,1% dos TCO com contratos permanentes (mais 13,1 pontos percentuais)”, pode ler-se.
Segundo a análise, “sobressai um padrão de continuidade do ponto de vista do sexo, sendo que a incidência da Retribuição Mínima Mensal Garantida (RMMG) é sempre mais elevada nas mulheres do que nos homens, padrão que reflete as desigualdades salariais prevalecentes entre os dois sexos”.
Em junho de 2021, 27,0% das mulheres tinham remuneração base equivalente ao valor da RMMG, já os homens estão nos 22%.
Analisando por idades, verificou-se que, entre os jovens com menos de 25 anos, a quantidade de trabalhadores com salários iguais à RMMG, nos primeiros seis meses de 2021, manteve-se próxima dos 34,0%, acima do segmento dos jovens adultos (25-29 anos), onde a proporção de pessoas abrangidos pela RMMG rondou os 26,0%.
Segundo o relatório do GEP, verifica-se mais uma vez a incidência relativamente mais elevada da RMMG nas mulheres (29,3%) e nos jovens com menos de 25 anos (40,3%).
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