Homem faz greve de fome para que lhe devolvam o cão que foi esquecido num supermercado
Written by Francisco Malhado on 10 de Outubro, 2021
Defensores dos animais não devolvem o cão “sem mais nem menos”.
A 23 de setembro do presente ano, sexta-feira, um sujeito terá completo o percurso que faria diariamente, na companhia do seu “amigo de quatro patas”.
De 58 anos, António Silva garante que são apenas 50, os metros que separam a sua residência ao hipermercado Lidl onde habitualmente se desloca, na zona de São Pedro da Cova, Gondomar.
O mesmo confirma que “Deco”, o seu cão há cerca de 20 anos, constuma acompanhá-lo até à porta do estabelecimento, sendo normalmente preso com trela ao suporte de bicicletas no exterior do edifício.
Nesse mesmo dia, o senhor em causa foi comprar pão e ao regressar a casa, esqueceu-se do animal.
Horas depois, António volta ao local na expectativa de regressar com “Deco” para a sua residência e tal não é o seu espanto quando se apercebe que, para além do “companheiro” já não estar no local onde fora preso, o mesmo depara-se com alguns defensores de animais que avançaram com uma queixa-crime, baseados num alegado abandono.
Ora, por partes.
Por um lado, os ativistas que tornaram pública a sua posição: apenas devolvem “Deco” ao dono, se este último garantir que não irá maltratá-lo e, em paralelo, se responder judicialmente pelo processo em que é acusado.
Por outro, o homem que terá ripostado com uma queixa-crime por furto, difamação e coação através das redes sociais.
Enquanto o caso não é resolvido, António e “Deco” estão separados por tempo indeterminado.
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Sofia Gaspar On 11 de Outubro, 2021 at 6:35
Ora aqui está a prova que o ser humano é mesmo e absurdamente egoísta! Sou activista da causa há cerca de 16 anos e já vi e passei por muitas situações que me levaram a não entregar animais aos seus “Donos”, por estes demonstrarem que não tinham condições para manter os animais como deviam viver e/ou porque sofriam física e psicologicamente. No entanto, neste caso, perante as informações apresentadas, mais me parece que estão a medir pilinhas! Ok, não era suposto o homem esquecer-se do cão, mas também não era suposto país esquecerem os filhos, e acontece, muitas vezes causando a morte aos mesmos. Existem atenuantes, não somos perfeitos! Por outro lado, o homem talvez devesse ser mais humilde, de forma a facilitar o regresso mais célere do cão a casa (no lugar dele eu também apresentava queixa!). Uma coisa é existirem provas de contínuos esquecimentos, maus tratos e afins, outra é um episódio isolado! Deveriam entregar o cão ao homem se este acordasse ser supervisionado, por exemplo, ou deixasse de o deixar para “ir aqui ou ali”. Não me parece que afastar cão e “dono”, beneficie quem quer que seja, MUITO MENOS O CÃO, COM 20 ANOS! Se ele morrer entretanto, bem podem ficar com peso na consciência, ou acham que o desgraçado não sente falta da sua casa e sua família?!