Grupo grava insulto na pele a vítima de ataque homofóbico
Written by Daniela Rebelo on 7 de Setembro, 2021
Grupo homofóbico agrediram um jovem de 20 anos e gravaram insulto na sua pele.
No passado domingo, um jovem de 20 anos foi alvo de um ataque homofóbico no bairro de Massaña, no centro de Madrid, em Espanha.
De acordo com a vítima, por volta das 17h15 estava a caminho de casa, quando um grupo de oito pessoas encapuzadas e munidas de armas brancas agrediram-no tanto verbalmente como fisicamente.
Durante as agressões, os suspeitos gritavam “maricas” e “asqueroso”, entre outros insultos e posteriormente gravaram a palavra “maricas” nas nádegas da vítima.
Segundo as autoridades, esta “é a primeira agressão deste tipo de que temos provas”. De facto, foi a primeira denúncia que a polícia recebeu de um ataque desta natureza, por ter ocorrido durante o dia e e os autores serem oito pessoas com as identidades escondidas.

Numa primeira fase, pensou-se que estas agressões não seriam um ataque homofóbico, como refere Rubén López, coordenador do Observatório de Madrid contra a LGBTfobia: “estamos incrédulos, num primeiro momento não conseguíamos acreditar que fosse um ataque homofóbico, pensámos que poderia ser um ajuste de contas ou algo do género”.
O Observatório conta já com 103 denúncias de agressões homofóbicas só neste ano, em Madrid. “Houve uma diminuição dos casos, mas o número é irreal, pois as agressões ocorrem maioritariamente à noite e agora não saímos“, devido à pandemia, refere Ruben López.
Pedro Sánchez, presidente do governo de Espanha, recorreu à sua conta do Twitter para mostrar o seu desagrado perante a situação: “A nossa sociedade não tem espaço para o ódio. Condeno este ataque homofóbico. Não o vamos permitir. Iremos continuar a trabalhar para um país aberto e diverso, onde ninguém tenha medo de ser quem é”.
Partidos como o “Más Madrid”, também reprovaram este e outros ataques, pedindo para que se convoque uma reunião com o Conselho LGBT no parlamento.
Santiago Rivero, deputado socialista da assembleia de Madrid e ex-vice-presidente do Coletivo LGBT de Madrid – associação que convocou uma manifestação para sábado contra este e outros ataques homofóbicos -, também se pronunciou: “condenamos esta agressão, que é uma aberração, e exigimos que a Comunidade de Madrid não mude as leis regionais que temos porque são feitas justamente para evitar este tipo de situações”.
Esta segunda-feira houve mais uma denúncia de uma agressão homofóbica, que ocorreu sábado, em Velada, Toledo. A vítima, Miguel, contou à “Cadena SER”, que uma rapariga o abordou e chamou-lhe “maricas”, entre outros insultos. Após uma amiga da vítima ter tentado defende-lo deste ataque, um grupo de rapazes agrediu Miguel.
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Fonte: Jornal de Notícias
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