Sobe para 95 o número de mortes em explosões no Afeganistão

Sobe para 95 o número de mortes e pelo menos 150 feridos.

Esta quinta-feira, morreram pelo menos 95 pessoas e 150 ficaram feridas depois do duplo tentado bombista no aeroporto de Cabul, no Afeganistão.

Washington defende que tudo indica que o atentado teve mão de um grupo extremista mais perigoso que os talibãs, o chamado Daesh.

A maioria das vítimas tentava embarcar em voos dos países aliados quando se deu o atentado, no exterior do aeroporto.

“Há muitas mulheres e crianças entre as vítimas. A maioria dos feridos está traumatizada e em estado de choque”, disse uma das ex-autoridades do Ministério da Saúde, acrescentando que o número de vítimas só foi contabilizado tendo em conta aqueles que foram levados para os hospitais da cidade.

Um comunicado divulgado pela agência de propaganda, Amaq, o Daesh da Província de Khorasan, afirmou que um dos seus combatentes passou “todas as fortificações de segurança” e colocou-se a menos de “cinco metros de militares norte-americanos”, tendo então detonado o cinto de explosivos.

A imprensa internacional deu conta de que os ataques ocorreram minutos depois de os talibãs terem disparado contra um avião italiano que descolava de Cabul.

Inicialmente foi avançada apenas uma explosão, mas o Ministério da Defesa da Turquia explicou que foram registadas duas, informação entretanto confirmada pelo Pentágono. A segunda ocorreu junto ao Baron Hotel, perto do portão Abbey.

O Pentágono informou que 13 soldados americanos morreram no ataque e 18 ficaram feridos. Os talibãs, por sua vez, registaram cerca de 28 mortos e 52 feridos, embora algumas fontes apontem para números mais elevados.

O Presidente Joe Biden culpou afiliados do grupo Estado Islâmico no Afeganistão, bastante mais radicais do que os militantes talibã: “Vamos resgatar os americanos, vamos retirar os nossos aliados afegãos e a nossa missão vai continuar”.

Entretanto, as vítimas no atentado estão a ser assistidas no hospital de Cabul.

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Fonte: SIC Notícias / Fotografia: Epa