Juiz negacionista apresenta queixa contra Marcelo e Costa por crimes contra humanidade

 O juiz anticonfinamento Rui Fonseca e Castro entregou ontem, 25 de agosto, uma denúncia contra o Presidente da República, o primeiro-ministro e o Governo por crimes contra a humanidade.

Centenas de manifestantes acompanharam o juiz Rui Fonseca e Castro na entrega da denúncia em frente da Procuradoria-Geral da República (PGR) pelas 16:00. Quando lá chegaram, já cerca de uma outra centena que aguardava a chegada acompanhados de cerca de uma dezena de agentes da PSP em vigilância.

Os manifestantes entoavam o hino nacional, empunhavam bandeiras de Portugal ou envergavam-nas pelas costas, segurando ainda balões brancos e alguns cartazes.

“Há altura em que é preciso desobedecer”, uma frase do capitão de Abril Salgueiro Maia e que se podia ler numa faixa na frente do grupo vindo do Parque Eduardo VII.

“Liberdade”, “Portugal” e “O povo unido jamais será vencido”, gritavam os manifestante enquanto o juiz se preparava para entrar na PGR e entregar a denúncia.

“Jornalixo” e “assassinos” foram os gritos que se ouviram, dirigidos à comunicação social que se encontrava no local, depois de entrada de Rui Fonseca e Castro no edifício da PGR.

À saída da PGR o juiz recusou prestar declarações à comunicação social, voltando para junto dos manifestantes, que rapidamente o rodearam e felicitaram.

Em março o juiz Rui Fonseca e Castro foi suspenso de funções, pelo Conselho Superior de Magistratura (CSM), por incitar à desobediência civil contra as medidas de confinamento impostas para combater a pandemia de covid-19.

Além da suspensão preventiva, o CSM decidiu ainda, na altura, abrir um processo disciplinar ao magistrado.

Para o CSM, as posições negacionistas sobre a pandemia de covid-19 apresentadas pelo juiz são “sustentadas em teorias de conspiração”.

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Fonte: Agência Lusa

Créditos de Imagem: Tiago Petinga / Lusa