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Talibãs não realizam o prometido

Written by on 18 de Agosto, 2021

Promessas talibãs duraram poucas horas.

Na sequência do caos instalado no aeroporto de Cabul, após a tomada de posse dos talibãs, o movimento radical monta vários postos de controlo, vigiando a estrada que dá acesso ao aeroporto.

Apesar de terem prometido aos civis uma “passagem segura”, já nos chegou relatos de violência contra as mulheres e crianças que tentam fugir da capital, assim como lhes verificam os documentos de identificação.

Jovens menores de idade foram feitos reféns e obrigados a juntarem-se à força islâmica. “Pediram-nos que pegássemos nas armas e nos juntássemos às suas fileiras” contou Abdullah, de apenas 17 anos.

Abdullah revela à AFP que teve de atirar granadas e foi obrigado a atacar um agente da polícia. Acrescenta que, após ver crianças a morrer quando as suas mochilas-bomba explodiram, fugiu em desespero até casa.

Enquanto crianças e mulheres são impedidas de fugir do país, outros cidadãos afegãos lutam pelos seus direitos numa manifestação em Jalalabad, cidade no leste do país. Várias pessoas juntaram-se agitando as bandeiras do país, exigindo a reposição das mesmas.

Após chegarem a Jalalabad, o grupo islâmico trava o protesto disparando para o ar e agridem manifestantes e jornalistas. Houve pelo menos um morto e seis feridos entre os manifestantes.

Talibãs ainda fizeram explodir estátua de um antigo líder xiita. A estátua era de Abdul Ali Mazari, um político da minoria hazara que morreu nos anos 90 quando estava na prisão sob o regime talibã.

O monumento foi destruído com explosivos, segundo um morador afegão que quis manter o anonimato. “Não sabemos quem fez, mas há aqui grupos de talibãs, incluindo alguns bens conhecidos por sua brutalidade”, disse.

Outra moradora não teve dúvidas que a destruição da estátua teve mão do grupo islâmico, afirmando que usaram lança-foquetes.

A estátua estava na província de Bamyan, no centro do Afeganistão, onde os talibãs destruíram, em 2001, duas grandes estátuas de Buda, cravadas na pedra, por as considerarem “não-islâmicas”.

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Fonte: Jornal de Notícias / Fotografias: Afp; Twitter


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