Polémica na Noruega que envolve jogadoras de andebol e biquínis

Este domingo, 18 de julho, realizou-se em Varna, na Bulgária, a final do Campeonato Europeu de Andebol feminino de praia que ficou envolto numa polémica.

As jogadoras da seleção norueguesa de andebol de praia recusaram-se a jogar de biquíni e propuseram, por isso, jogar antes de calções. Apareceram assim para a partida mas acabaram por ser ameaçadas.

O pedido foi recusado e as jogadoras ainda foram ameaçadas com a exclusão do torneio.

Na noruega, a competição de um regulamento no que ao vestuário diz respeito. As jogadoras têm de jogar de biquíni sendo que a parte de baixo do equipamento não pode cubrir mais de 10 centímetros da parte superior das pernas para que haja “atratividade” e mais patrocínios.

“Primeiro disseram-nos que seria uma multa para cada jogadora de 50 euros por jogo, algo que iria dar um valor total de 4850 euros. Isso até aceitámos. Contudo, imediatamente antes do início do primeiro jogo diante da Hungria, disseram-nos que seríamos desqualificados se jogássemos assim. Por isso tivemos mesmo de ir buscar os biquínis”, revelou a atleta Katinka Haltvik, à emissora norueguesa NRK.

A selecionadora francesa, Valérie Nicolas, reagiu ao caso:

“Estamos a perder jogadoras por causa de questões ligadas a equipamentos. Elas dizem que se sentem desconfortáveis, nuas e observadas. É um desporto que envolve muito movimento e só estás tapada pelo biquíni. Há também desconforto relacionado com a menstruação, mas também por questões religiosas. Se nada mudar antes do próximo campeonato, vou pressionar para fazermos exatamente o que quisermos e iremos encarar as consequências desse ato”, afirmou.

A Federação norueguesa fez um pedido oficial à organização para rever as regras das indumentárias.

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Fonte: Jornal de Notícias