Nas Filipinas ameaça-se prender quem recusar a vacina contra a Covid-19
Written by carmen ferreira on 22 de Junho, 2021
O Presidente das Filipinas toma medidas mais extremas numa altura em que o país combate o maior surto desde o início da pandemia.
De acordo com a agência Lusa, Rodrigo Duterte, já conhecido pelas suas declarações polémicas e muitas vezes insultuosas, afirma num discurso transmitido a partir da televisão esta segunda-feira: “Se não quiser vacinar, farei com que o prendam e depois injeto-lhe a vacina nas nádegas”.
“Tu decides: toma a vacina ou ponho-te na prisão”.
O presidente avisa que vai tomar medidas mais extremas, legais, de acordo com a lei de emergência, de forma à população inocular-se contra o vírus embora no país a vacinação não seja obrigatória, mas voluntária.
Neste momento, o plano de vacinação imposto está a encontrar resistência, com mais de 1,36 milhões de casos e 23.600 mortes deste o ínicio da situação pandémica no arquipélado filipino.
A resistência de alguns filipinos na administração da vacina está relacionada com a polémica de 2016, onde após a vacinação contra o dengue se descobriu que esta aumentava o risco de sintomas graves em pacientes que não tinham sofrido da doença anteriormente.
Desta forma, num país com cerca de 110 milhões de habitantes, apenas se conseguiu imunizar 2,1 milhões de pessoas, sendo que as perspetivas das autoridades seria a vacinação de 70 milhões de pessoas antes do final deste ano.
As declarações polémicas em relação à pandemia já haviam começado o ano passado, quando o presidente das Filipinas afirmou concordar com medidas extremas tais como o abrir fogo com quem criasse “desordem” em áreas sob confinamento, tendo recebido dura críticas das organizações de defesa dos direitos humanos.
Já no passado mês de maio, Duterte ordenou a detenção de pessoas que usassem a máscara de forma inadequada.
Como resposta à morte de um homem que, ao violar a lei do recolher obrigatório, foi forçado a executar 100 flexões, o ministro da Justiça, responsável pelas forças de segurança da Filipina insistiu que os agentes da polícia impusessem multas e serviços comunitários, em alternativa à detenção.
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Fonte: Agência Lusa
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