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Angelina Jolie alerta que é preciso mais ajuda depois de visitar refugiados

Written by on 22 de Junho, 2021

Depois de visitar o Burkina Faso, a atriz e embaixadora das Nações Unidas afirmou que o mundo não está a fazer o que é preciso para ajudar.

Há cinco anos que o Burkina Faso enfrenta ataques de insurgentes com ligações à Al Qaeda e ao Estado Islâmico, um conflito que já tirou a vida a milhares de pessoas e levou a que mais de um milhão se vissem obrigadas a deslocarem-se.

Para além disso, este país é ainda a casa de mais de 22 mil refugiados.

“A verdade é que não estamos a fazer metade do que deveríamos… para garantir que os refugiados podem regressar a casa ou para apoiar os países de acolhimento, como o Burkina Faso, há anos a gerir uma fração da ajuda humanitária que necessita para garantir apoio básico e proteção”, disse a atriz.

No domingo, dia 20, Angelina Jolie assinalou o Dia Mundial do Refugiado, no campo de refugiados de Goudoubo, onde terminou uma visita de dois dias. Durante essa viagem, Jolie falou com os refugiados malianos ali colocados, assim como com os deslocados do Burkina Faso.

Foi em 2012 que os malianos começaram a refugiar-se em Burkina Faso, depois da sua vida ficar ameaçada por insurgentes islâmicos, que obrigou a uma intervenção internacional liderada pela França para recuperar o controlo de uma série de cidades.

Em maio, o país sofreu o mais mortífero ataque em anos, quando homens armados mataram pelo menos 132 civis na aldeia de Solhan, na província de Yagha, obrigando a deslocação de milhares de pessoas.

Devido ao elevado número de ataques, a capacidade de resposta humanitária por parte das Nações Unidas está a ficar limitada.

“Os níveis de financiamento para a ajuda humanitária estão criticamente baixos e com o crescente número de pessoas obrigadas a fugir… o fosso está a aumentar”, disse à Associated Press (AP) o representante no Burkina Faso Abdouraouf Gnon-Konde.

“Insistimos em ficar, mas ficamos com medo. Estamos demasiado assustados. Hoje não há um país onde não haja problemas. O problema do terrorismo afeta África inteira”, disse uma refugiada maliana, Fadimata Mohamed Ali Wallet, que está a viver no campo do Burkina Faso.

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Fonte: Agência Lusa


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