Não deve tomar a vacina da AstraZeneca caso tenha síndrome de transudação capilar
Written by Catarina Roque on 12 de Junho, 2021
Pessoas com historial de síndrome de transudação capilar não devem tomar a vacina contra a Covid-19, alerta o Infarmed.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) chegou à conclusão que as pessoas que tenham historial de síndrome de transudação capilar não devem receber a vacina da AstraZeneca.
De acordo com o regulador europeu, esta esta síndrome deve constar no folheto informativo como um novo efeito indesejável da vacina.
Esta sexta-feira, o Inafrmed divulgou, em comunicado, que a Agência Europeia de Medicamentos elaborou uma análise aprofundada de seis casos desta síndrome em pessoas a quem foram administradas as vacinas da AstraZeneca. Segundo o estudo, a maioria dos casos ocorreu em mulheres e até quatro dias depois de terem sido vacinadas. Três dos casos analisado tinham antecedentes da síndrome e um dos casos teve “um desfecho fatal”.
A síndrome de transudação capilar “é uma doença muito rara, mas grave, sendo caracterizada por extravasão de fluídos de pequenos vasos sanguíneos (capilares) para os tecidos circundantes, resultando em edema, principalmente nos braços e pernas, queda da pressão arterial, espessamento sanguíneo e diminuição dos níveis de albumina”, detalha o regulador português.
Posto isto, os profissionais de saúde devem estar “cientes dos sinais e sintomas da CLS (sigla em inglês) e do risco de recorrência em pessoas que tenham sido previamente diagnosticadas com esta doença”.
As pessoas que receberam esta vacina devem procurar assistência médica caso verifiquem “edema súbito dos braços e pernas ou aumento repentino de peso nos dias seguintes à vacinação. Estes sintomas estão com frequência associados à sensação de desmaio (diminuição da pressão arterial)”.
O Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância (PRAC) da EMA já pediu mais detalhes à AstraZeneca sobre um possível mecanismo para o desenvolvimento desta síndrome após vacinação.
O Infarmed esclareceu ainda aos profissionais de saúde que os doentes com um “episódio agudo de CLS após a vacinação requerem tratamento imediato e podem necessitar de acompanhamento especializado e de terapia de suporte intensiva”.
O Infarmed informa ainda, à população em geral, que “ocorreu um número muito reduzido de casos de síndrome de transudação capilar em pessoas vacinadas com Vaxzevria”, lembrando que “se teve previamente CLS, não deverá tomar esta vacina”.
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Fonte: Notícias ao Minuto / Fotografia: AFP/Arquivos
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