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“Vigília pela Democracia” em Torres Vedras concentrou mais de 50 pessoas

Written by on 30 de Abril, 2021

Mais de 50 pessoas estiverem na noite de ontem em frente aos Bombeiros Voluntários de Torres Vedras, onde decorreu a Assembleia Municipal, numa “vigília pela democracia”.

A vigília, marcada pelas redes sociais, deveu-se ao facto da vereadora Cláudia Horta Ferreira ter sido impedida de usar da palavra em defesa da honra na reunião de Assembleia Municipal do passado dia 27 de abril.

Os cidadãos empunharam cartazes pretos, onde se lia “pela democracia, não nos podemos calar”, “a liberdade não se restringe, a opressão não se tolera”, “pela liberdade de expressão digo não à opressão”, “porque ao Estado a que isto chegou, não podemos deixar de lutar” e “pela democracia, não podemos ficar em casa”.

A Vigília cumpriu o seu propósito, demonstrar que há cidadãos descontentes, que temos de lutar pela Democracia e pela Liberdade e, por fim, a reposição desses princípios na Assembleia Municipal de Torres Vedras, visto que se conseguiu reverter a decisão de terça feira e deu-se a palavra para defesa da honra à Vereadora Cláudia Horta Ferreira”, disse à ON FM Carlos Daniel Carreira, organizador da vigília que admitiu ainda que “nunca se esperou uma adesão como esta”.

Carlos Daniel Carreira acrescentou ainda que muitos dos cidadãos que marcaram presença na vigília se sentiram “menosprezados pelo Presidente da Mesa da Assembleia Municipal ao dizer que só se importa com o que acontecesse dentro da sala”.

“Fomos insultados pelo deputado municipal António Carneiro que tentando iludir quem via a transmissão disse que a Vigília não era pela Democracia mas sim aproveitamento político“, referiu ainda.

“Ninguém estava na Vigília a representar partidos, estavam cidadãos de vários quadrantes, e se o senhor deputado não consegue compreender que a população é livre de ter a sua ideologia estamos ainda num cenário mais grave”, concluiu.

Carlos Bernardes, presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, retirou os pelouros à vereadora “por quebra de confiança política”. Em causa está um alegado favorecimento numa obra que está a realizar na sua própria casa. O caso só foi exposto pela própria, em reunião de câmara, sendo que Carlos Bernardes não prestou quaisquer esclarecimentos nem apresentou provas de acusação.

Segundo Cláudia Horta Ferreira o seu processo foi “transparente”, votado na câmara na sua ausência, e que “não foi em nada beneficiada” pelo cargo que exerce, nem “fez nada de ilegal”.

A vereadora diz estar a “reunir dados para instruir um processo por crime de difamação” e em março solicitou uma auditoria à obra da câmara “para aferir se a mesma foi prejudicada em alguma coisa e até ao momento, a mesma não foi feita”.

Ao contrário do que aconteceu na reunião passada, na sessão de ontem os deputados municipais votaram, por maioria, a favor da intervenção da vereadora, apenas com a abstenção do presidente da Assembleia Municipal, José Augusto Carvalho.

“Esta situação que não criei e para a qual não contribui, será esclarecida até às últimas consequências, em sede própria. Não admito, a ninguém, que ponha em causa a minha honestidade”, disse Cláudia Horta Ferreira.

“Continuarei a cumprir o meu mandato, fiel aos meus princípios e valores, sem nada temer, mas determinada no apuramento da verdade”, concluiu.

Pode assistir à reunião de Assembleia Municipal de Torres Vedras completa aqui.

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