JSD apela a que a ONU SE envolva na crise humanitária em Moçambique
Written by Catarina Roque on 19 de Abril, 2021
Esta segunda-feira, dia 19, a Juventude Social-Democrata pediu a António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas (ONU), que mobilize “o máximo e as melhores forças” da organização para apoiar Moçambique.
A Comissão Política da JSD, organização autónoma do PSD, refere em comunicado que lamenta que “só ao fim de quatro anos é que a comunidade internacional esteja finalmente de olhos postos em Moçambique“, relembrando que já em novembro de 2020 pediu ao Governo português que “disponibilizasse todo o apoio necessário para combater o terrorismo e acabar com a situação dramática que se vive em Cabo Delgado”.
No mesmo comunicado, assinado pelo deputado Alexandre Poço, presidente da JSD, pode ler-se que “tendo sido fundada com o objetivo máximo da manutenção da paz a nível mundial, é da vital importância que o Excelentíssimo Sr. Secretário-Geral das Nações Unidas, engenheiro António Guterres, invoque uma forte mobilização internacional de apoio a este país”.
“A Juventude Social Democrata dirige-lhe este apelo também enquanto português. Neste momento, há um povo-irmão da Lusofonia — uma identidade que nos orgulha no mundo — a sofrer e a passar um momento bastante difícil. É a solidariedade que almejamos como valor primordial da Lusofonia que está em causa. Numa família, estamos lá um para os outros, particularmente quando a hora é difícil e o apoio é urgente”, sublinham.
Desta forma, a associação apela a que António Gueterres “mobilize o máximo e as melhores forças da Organização das Nações Unidas para acabar de vez com este conflito, e que apele a toda a comunidade internacional para que apoie Moçambique e os moçambicanos num dos períodos mais difíceis da sua história”.
A JSD relembra que ao dia de hoje, “quase um milhão de pessoas enfrenta fome severa como resultado desta insurgência, sendo ainda mais preocupante o facto de cerca de metade daqueles afetados pela violência serem crianças e jovens com menos de 18 anos. Recentemente, a ONG Save the Children alertou para a morte de crianças de apenas 11 anos, decapitadas perante os próprios pais”.
De referir que Cabo Delgado tem sido alvo de graves ataques desde 2017, os quais já provocaram mais de 2 500 mortes, de acordo com a Lusa, e 700 000 deslocados, segundo as Nações Unidas. O último ataque ocorreu no dia 24 de março na vila de Palma e provocou dezenas de mortes e feridos.
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Fonte: Agência Lusa / Fotografia: Getty Images
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