EUA: Capitólio volta a ser alvo de ataque
Written by Catarina Roque on 2 de Abril, 2021
Ao tentar furar uma barreira perto de uma dos entradas do Capitólio, o suspeito feriu dois polícias antes de ser baleado.
Invadido por apoiantes de Donald Trump há menos de três meses, o centro da democracia americana, em Washington, voltou a ser alvo de um ataque.
Tudo aconteceu esta sexta-feira, dia 2, quando um suspeito, num carro, tentou furar uma barreira de segurança perto da entrada norte do edifício.
Ao sair do veículo, o homem feriu dois polícias, um dos quais foi esfaqueado. Posteriormente, o suspeito foi baleado. Os três homens foram levados para o hospital, onde um dos polícias, William Evans, e o suspeito acabaram por perder a vida.
O Capitólio foi isolado pela polícia e os funcionários informados de que não poderiam sair dos edifícios. Uma vez que não decorria nenhuma sessão legislativa, a medida de segurança foi levantada pouco tempo depois.
Robert Contee, chefe interino da Metropolitan Police, informou, durante uma conferência de imprensa, que apesar do ataque “não aparentar estar relacionado com terrorismo”, a investigação vai continuar.
Jen Psaki, a porta-voz da Casa Branca, revelou que apesar de Joe Biden estar em Camp David, onde vai passar o fim de semana de Páscoa, este “está a par” da situação.
Homenagem a William Evans, agente da polícia do Capitólio há 18 anos
Em homenagem a William, a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, pediu que as bandeiras do Capitólio ficassem a meia-haste.
A chefe da polícia do Capitólio, Yogananda Pittman, lamentou a morte do seu colega, fazendo referência ao facto de este ser o segundo polícia a morrer este ano a cumprir serviço.
Noah Green, o autor do ataque
De acordo com o The New York Times, Noah R. Green, de 25 anos, é o suspeito que foi identificado por dois agentes e um funcionário do Congresso.
Natural do Indiana, Noah foi baleado pelos seguranças e acabou por falecer já no hospital, tal como um dos polícias que esfaqueou.

De acordo com o Notícias ao Minuto, a polícia de Washington DC não conhecia o jovem, contudo este já tinham registos criminais noutro estado dos EUA.
A polícia confirmou que se descobriu o perfil de Facebook do suspeito, entretanto eliminado, onde era possível ver que o jovem era fã de Louis Farrakhan, líder da Nação do Islão, conhecido por incentivar ao anti-semitismo.
“Eu estava num bom caminho e tudo o que eu tinha planeado estava a tornar-se realidade. Exigia longas horas, muito estudo e exercício para me manter equilibrado enquanto experimentava uma série de sintomas preocupantes ao longo do caminho (creio que eram efeitos secundários de drogas que estava a ingerir sem saber). No entanto, o caminho foi alterado, pois Alá (Deus) escolheu-me para outras coisas”, escreveu numa publicação partilhada a 17 de março.
O jovem referiu ainda que a pandemia trouxe ainda mais dificuldades, detalhando que estava “atualmente desempregado” e que “passava por um dos testes mais difíceis” da sua vida.
O Notícias ao Minuto avança que Noah, em dezembro de 2020, pediu para ver o seu nome alterado para Noah Zaeem Muhammad, contudo não chegou a acontecer uma vez que este não marcou presença na audiência agendada.
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Fonte: Notícias ao Minuto
Fotografias: Getty Images// Jacqui Heinrich-Twitter// Michael Weeks-Reuters
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