Radicais islâmicos estão a decapitar crianças em Moçambique
Written by Madalena Lourenco on 16 de Março, 2021
Os radicais islâmicos, responsáveis pelo conflito armado na região de Cabo Delgado, estão a decapitar crianças.
A organização humanitária “Save the Children” fez uma revelação sobre o “cenário de terror” que se vive em Moçambique e que está a revoltar o mundo.
Radicais islâmicos, responsáveis pelo conflito armado na região de Cabo Delgado, estão a decapitar crianças.
O conflito armado naquela zona surgiu em 2017 e, agora, os terroristas com ligação ao Estado Islâmico estão a atacar as comunidades com o intuito de dominar aquela zona do país.
A situação deteriorou-se severamente durante os últimos 12 meses, com novos ataques [extremamente violentos] a várias comunidades.
A organização humanitária revela ter falado com algumas famílias, que fugiram daquela zona, que revelaram como os militantes islâmicos assassinaram brutalmente adultos, mas também crianças.
São vários os testemunhos de terror que chegam:
“Naquela noite a nossa aldeia foi atacada e as casas foram queimadas. Quando tudo começou, eu estava em casa com os meus quatro filhos. Tentámos fugir para a floresta, mas eles levaram o meu filho mais velho e decapitaram-no. Não podíamos fazer nada porque também seríamos mortos”.
“Depois de o meu filho de 11 anos ter sido morto, compreendemos que já não era seguro ficar na minha aldeia. Fugimos para a casa do meu pai noutra aldeia, mas alguns dias depois os ataques começaram lá também. Eu, o meu pai e as crianças passámos cinco dias a comer bananas verdes e a beber água de bananeira até termos o transporte que nos trouxe até aqui”.
Os ataques terroristas e de violência levaram milhares daquelas pessoas para a pobreza, eles que ficaram sem casas e sem alimentos para sobreviver.
Segundo os dados da “Save the Children”, quase um milhão de pessoas passam fome severa devido a deste conflito, incluindo as pessoas deslocadas e as comunidades de acolhimento.
A crise humanitária em Cabo Delgado já provocou mais de 2500 mortes e 670 mil pessoas deslocadas.
O diretor da associação em Moçambique, Chance Briggs, admitiu estar “enojado” com os relatos de ataques a crianças e pediu o fim do conflito armado.
“Esta violência tem de acabar, e as famílias deslocadas precisam de ser apoiadas à medida que encontram o seu rumo e recuperam do trauma”, afirmou Briggs. O diretor apelou, ainda, à solidariedade. “A ajuda humanitária é desesperadamente necessária, mas não há doadores suficientes que tenham dado prioridade à assistência àqueles que perderam tudo, mesmo os seus filhos”.
A Save the Children já conseguiu ajudar mais de 70 mil pessoas, incluindo 50 mil crianças, através de educação, proteção infantil, saúde e fornecimento de água e saneamento.
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Fonte: Jornal de Notícias.
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