Filho de Pedro Lima fala sobre saúde mental
Written by Francisco Malhado on 25 de Janeiro, 2021
O jovem que perdeu o pai há menos de um ano, confessa que se anda a sentir “ansioso, revoltado e desmotivado”.
João Lima utilizou as suas redes sociais para revelar que “estava indeciso se devia partilhar algo hoje. Se o que quero escrever teria o impacto que gostaria, por ser dia de eleições. Mas a causa que defendo não tem momentos mais oportunos do que o agora”.
Este domingo, o filho mais velho do falecido ator, decidiu fazer uma publicação em jeito de apelo e alerta sobre o estado emocional provocado pelo confinamento a que a pandemia de covid-19 nos obrigou.
“É este o sentimento que cresce em mim. Quero dar um pontapé convicto nesta segunda onda de reclusão que nos atinge. A ideia de um novo confinamento deixa-me ansioso, revoltado e desmotivado. Mas há algo em mim que pesa em todas as minhas decisões. Também eu conheço a perda sem o adeus. E por isso respeito, ou tento ao máximo respeitar, o dever de confinamento”.
Certamente inspirado pela trágica morte de Pedro Lima, o seu grande cúmplice avisa que “este novo período que nos espera traz de volta perigos que assombram demasiada gente. O meu amigo psiquiatra com quem discuto as informações que vos dou, estudou as consequências do confinamento na saúde mental. Concluiu que os participantes que responderam ao estudo após oito dias de confinamento, apresentavam níveis mais altos nas escalas de DEPRESSÃO, ANSIEDADE, e INSÓNIA“.
“Há alguns grupos que se destacam particularmente pelos resultados negativos: os jovens, as mulheres, os desempregados, os estudantes e as pessoas que já são acompanhadas por psiquiatras. Concluiu também que, de todos os participantes que nunca tinham tido acompanhamento psiquiátrico, UM QUARTO apresentava resultados compatíveis com pelo menos DEPRESSÃO ligeira, METADE apresentava resultados compatíveis com pelo menos ANSIEDADE ligeira e UM TERÇO com pelo menos INSÓNIA ligeira”
O jovem termina a legenda da imagem com um apelo: “O que tenho para dizer é simples. Tenham cuidado, estejam atentos, a vocês e aos que estão à vossa volta, e não tenham vergonha ou medo. Porque a COVID mata, mas a falta de saúde mental também”, fazendo ( mais uma vez) alusão à fatídica perda sentida há menos de um ano.
Informações úteis:
“Se estiveres a sofrer com alguma doença mental, tiveres pensamentos auto-destrutivos ou simplesmente necessitares de falar com alguém, podes e deves consultar um psiquiatra, psicólogo ou clínico geral. Poderás ainda contactar uma destas entidades:
SOS Voz Amiga (entre as 16h e as 24h) – 213 544 545
Conversa Amiga (entre as 15h e as 22h) – 808 237 327 (Número gratuito) e 210 027 159
SOS Estudante (entre as 20h e a 1h) – 239 484 020
Telefone da Esperança (entre as 20h e as 23h) – 222 080 707
Telefone da Amizade (entre as 16h e as 23h) – 228 323 535 “
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