Coreia do Norte emite ordem de “atirar para matar” como prevenção do novo coronavírus
Written by Margarida Rodrigues on 11 de Setembro, 2020
O país ainda não confirmou nenhum caso positivo de COVID-19. Mesmo com a fronteira com a China estar fechada desde janeiro, têm um grupo operacional para impedir as entradas clandestinas no território.
De acordo com Robert Abrams, comandante das forças americanas na Coreia do Sul citado no The Korea Times, As autoridades norte-coreanas deram ordens para “atirar a matar” de modo a evitar que a COVID-19 entre no território pela China.
Pyongyang encerrou a fronteira com a China em janeiro para tentar evitar a contaminação e, em julho, a imprensa estatal disse que tinha sido elevado o estado de emergência ao nível máximo.
O comandante das Forças Coreanas dos EUA (USFK), Robert Abrams, disse que o encerramento da fronteira aumentou a procura por mercadorias contrabandeadas, levando as autoridades a intervir.
A Coreia do Norte introduziu uma nova “zona tampão, um ou dois quilómetros acima na fronteira chinesa”, disse Abrams numa conferência online organizada pelo Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) em Washington na quinta-feira.
“Eles têm SOF (Forças de Operações Especiais) norte-coreanas lá fora. Forças de ataque, têm em vigor ordens de atirar a matar”, afirmou.
O encerramento da fronteira efetivamente “acelerou os efeitos” das sanções económicas impostas à Coreia do Norte devido aos seus programas nucleares, acrescentou, com as importações da China a cair 85 por cento.

Como resultado, Abrams não espera ver nenhuma grande provocação de Pyongyang no futuro próximo, embora tenha dito que poderá ser mostrado um novo sistema de armas nas comemorações do próximo mês no 75º aniversário da fundação do partido governante de Kim Jong Un.
“O regime – os militares – está agora focado principalmente em recuperar o país e ajudar a mitigar o risco da COVID-19”, disse o americano. “Não estamos a ver nenhuma indicação de qualquer tipo de ataque.”.
Na Coreia do Norte o sistema de saúde encontra-se em ruínas e caso tivesse um grande surto de vírus teria dificuldade em lidar. Até ao momento, o país não confirmou um único caso da doença.
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