Nova mutação do SARS-CoV-2 é menos letal, mas mais infeciosa
Written by Sofia Brás on 6 de Julho, 2020
Os resultados de um estudo publicado na revista científica Cell, revelam que a nova mutação do SARs-CoV-2 é mais infeciosa, mas menos letal.
Um novo estudo, publicado esta quinta-feira na revista científica Cell, alerta que uma nova mutação do SARS-CoV-2 é três a nove vezes mais infecciosa, mas não parece ser mais letal.
Desde que apareceu, já sofreu centenas de mutações, sendo que, até agora, a D614 foi considerada a mais comum e a mais agressiva.
De acordo com o novo estudo, a recente alteração, chamada G614, é ainda mais comum e tem um poder infeccioso superior às mutações anteriores. Esta mutação afeta a proteína Spike, utilizada pelo vírus para perfurar as células e a facilidade de transmissão é justificada pela rapidez da nova mutação na multiplicação do coronavírus no trato respiratório.
Depois de estudos realizados em pessoas, animais e células, o diretor do Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Vacina contra o HIV, David Montefiore, chegou à conclusão que “a variante G é três a nove vezes mais infecciosa do que a variante D”.
À CNN, os investigadores disseram que “Não encontramos evidências do impacto do G614 na gravidade da doença, ou seja, não foi significativamente associado ao estado de hospitalização”. Para poder afirmar isto, foram realizados testes em mil pacientes hospitalizados com Covid-19 na Grã-Bretanha. Depois de realizados esses testes, chegou-se à conclusão que os infetados com a nova mutação não desenvolveram uma doença mais grave.
Os especialistas temem que a G614, que afeta a proteína Spike, possa dificultar o efeito de uma vacina. Isto deve-se ao facto de que as várias vacinas que estão a ser testadas foram desenvolvidas segundo as características antigas do vírus, mas visam principalmente esta proteína. David Montefiore revela que estão a investigar as consequências.
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