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Moradores da Amadora queixam-se de entulho, lixo, prostituição e droga à vista

Written by on 2 de Março, 2020

Junto a Lisboa, na Amadora, os moradores da Venda Nova vivem com esta realidade, que é difícil de lidar.

Os edifícios que albergavam as antigas empresas do parque industrial foram demolidos há cerca de ano e meio e deixaram um rasto de entulho, lixo e outros resíduos perigosos.

Vitalina Oliveira, proprietária de uma papelaria numa das ruas adjacentes, conhece bem o problema, sobretudo pela voz dos seus clientes que afirmam que “muitas pessoas queixam-se que a vista agora é muito feia e que os terrenos acabam por atrair pessoas para atividades ilícitas, droga e prostituição“. A rotina desta trabalhadora também mudou: “Fecho mais cedo. As lojas ao lado fecharam e como noto a zona mais mal frequentada tenho medo de sair daqui sozinha à noite“, diz.

João Silva, morador de um dos prédios que se encontra perto dos detritos industriais, lamenta a paisagem e acrescenta ouvir passos e barulhos de pessoas a circular nos escombros à noite, “mas nem sequer meto a cabeça fora da janela para ver o que fazem“.

Os terrenos pertencem ao Millennium BCP, que através do seu porta-voz, Erik Burns, esclareceu ao Correio da Manhã que “foram cumpridos todos os requisitos legais”, acrescentando ainda que “a remoção dos detritos deverá estar para breve, mas sem data prevista“.

Carmen Lima, da associação Quercus, diz que já receberam várias queixas de moradores da zona devido à presença de amianto que “depois de demolido, tem três meses para ser retirado da obra. Aliás, as placas de fibrocimento devem ser removidas antes da demolição”.

“No caso da Venda Nova, há algumas coberturas partidas e, portanto, o perigo existe. Em dias de maior vento, as fibras podem soltar-se e andar no ar. Não é uma situação altamente provável e perigosa, mas pode acontecer”, acrescenta e alerta Carmen Lima.

A Câmara Municipal da Amadora diz que está a “acompanhar a situação, tendo instruído processos de notificação no âmbito do Regime Jurídico de Urbanização e Edificação”. Segundo a autarquia, o dono dos terrenos manifestou a “adoção de diligências tendentes à limpeza e demolição” das construções.


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