Fim da venda de canábis a turistas em Amesterdão
Written by Cheyenne Domingues on 17 de Fevereiro, 2020
A medida da autarquia da cidade pretende combater o excesso de turistas na Red Light District.
A antiga líder do partido Verde, Femke Halsema, a primeira mulher a comandar a cidade de Amesterdão, na Holanda, quer acabar com o excesso de turismo no Red Light District.
Chegou mesmo a propor que se fechasse a Red Light District, uma questão que gerou muita controvérsia na cidade, e agora, quer reduzir o número de comerciantes que vendem canábis.
Usou como argumento os resultados de um inquérito realizado na cidade, nos quais quase metade dos inquiridos estaria menos inclinado a visitar a cidade se não pudesse comprar nas coffee shops.
Nos últimos anos, Amesterdão tem tido dificuldades em lidar com a afluência turística. A cidade tem mais de um milhão de habitantes, e recebe anualmente mais de 17 milhões de turistas. De forma a combater o número de visitantes, muitos deles atraídos pelas políticas tolerantes face ao comércio de drogas leves, algumas atrações deixaram de ser promovidas.
Neste inquérito em causa, 34 por cento dos participantes disse que a probabilidade de voltar à cidade diminuiria bastante se não lhes fosse permitido comprar canábis, enquanto 11 por cento afirmaram que nunca voltariam.
Os 100 turistas questionados tinham idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos. 57 por cento afirmou que as coffee shops desempenhavam um papel importante nas visitas à cidade.
A partir de 1 de abril, as visitas guiadas ao Red Light District vão ser banidas, estando as mesmas condicionadas a uma permissão nos outros pontos da cidade e reduzidas a grupos de 15 pessoas. Os guias que desrespeitarem esta regra terão de pagar uma multa 190€.