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Legalizar a eutanásia é um “erro moral”

Written by on 12 de Fevereiro, 2020

O ex-Presidente da República, Cavaco Silva, manifestou-se hoje contra a despenalização da eutanásia, e defendeu a realização de um referendo.

Cavaco Silva considera “a legalização da eutanásia a decisão mais grave para o futuro da nossa sociedade que a Assembleia da República pode tomar. É abrir uma porta a abusos na questão da vida ou da morte de consequências assustadoras”.

Para o ex-chefe de Estado, “os deputados não podem tratar com leviandade o bem mais precioso de cada indivíduo, a vida”, considerando a despenalização da eutanásia “um retrocesso”.

A Assembleia da República debate dia 20 de fevereiro cinco projetos de lei para a despenalização da morte assistida, do BE, PS, PAN, PEV e Iniciativa Liberal, que preveem essa possibilidade sob várias condições.

Já em 2018, o parlamento debateu projetos de despenalização da eutanásia, apresentados pelo PS, BE, PAN e Verdes, que foram chumbados, numa votação nominal dos deputados.

“Em maio de 2018 foram derrotados na Assembleia da República os partidos que querem fazer de Portugal um dos pouquíssimos países do mundo em que a lei permite a eutanásia, isto é, que um médico possa provocar a morte a outra pessoa. Apesar de derrotados há menos de dois anos, esses partidos insistem agora em aprovar a despenalização da eutanásia, apenas três meses após o início da nova legislatura”, frisou Cavaco Silva.

O ex-Presidente da República manifestou apoio à iniciativa de um grupo de cidadãos que iniciou uma recolha de assinaturas para propor à Assembleia da República a realização de um referendo sobre esta matéria.

“Estando em causa a questão da vida ou da morte, apelo a todos a que lutem para que a Assembleia da República ouça a voz do povo através da realização de um referendo. É uma decisão tão grave que deve ser amplamente discutida e explicada antes de ser decidida”, defendeu Cavaco Silva

Na declaração, o ex-Presidente da República defendeu que, no caso dos deputados recusarem o referendo , “os portugueses que defendem o primado da vida humana devem registar o nome daqueles que, na Assembleia da República, votaram a favor da eutanásia” porque “para o futuro, é importante não esquecer quem são os responsáveis por tão grave erro moral”.


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