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Número de jornalistas assassinados passa para 56 no último ano

Written by on 20 de Janeiro, 2020

Segundo os dados da Unesco, hoje apresentados.

O número de jornalistas assassinados em 2019 foi de 56, o valor mais baixo em mais de uma década e quase metade dos 99 registados em 2018.

A América Latina e o Caribe contam com 22 desses assassinatos, sendo, assim, a região mais afetada, à frente da Ásia-Pacífico (15) e do mundo árabe (10).

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) registou 894 jornalistas assassinados no período entre 2010 e 2019, o que dá uma média de quase 90 por ano.

Estes números seguem a tendência já reportada pela organização Repórteres sem Fronteiras, que há um mês indicou que em 2019 tinham sido assassinados 49 jornalistas no mundo inteiro, menos 44% que no ano anterior e o número mais baixo dos últimos 16 anos.

A Unesco destacou que 61% dos profissionais morreram em países onde não há um conflito armado declarado, o que demonstra que “a vida dos jornalistas no terreno não está apenas ameaçada em cenários de conflito violento, mas também está sujeita a ataques quando investigam políticas locais, corrupção e crime, geralmente nas suas cidades de origem“.

É de acrescentar que, segundo a Organização, mais de 90% eram repórteres locais, como nos anos anteriores .

Apenas uma minoria dos que atacam ou matam jornalistas se apresenta aos tribunais, uma vez que menos de um em cada oito casos registados no mundo desde 2006 são considerados solucionados, com uma “taxa de impunidade” de 90%.

Um outro relatório da Unesco alertava já para o aumento das agressões verbais e físicas dirigidas a jornalistas. Em geral, as ameaças têm como objetivo “silenciar vozes críticas e restringir o acesso do público à informação”.


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