Já fez um morto na China e já chegou à Tailândia. O coronavírus começou em dezembro e é um novo vírus que colocou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a apostar na prevenção.

“Estamos a preparar-nos para a hipótese de contágios em massa, pelo que estão a ser tomadas medidas de prevenção e controlo de infeções para que todos os hospitais do mundo apliquem as precauções habituais”, avançou a diretora interina do departamento de doenças emergentes da OMS em conferência de imprensa.

O número de casos na China está a subir todos os dias e a OMS anunciou esta terça-feira que os hospitais de todo o mundo estão a ser preparados para lidar com um novo grupo de vírus, não afastando um cenário de contágio em massa.

Uma mulher chinesa, de 61 anos, que viajou desde Wuhan, cidade chinesa onde o vírus terá tido origem num mercado de peixe, chegou à Tailândia já infetada. O caso foi detetado ainda no aeroporto, no seguimento de um alerta do governo para todos os passageiros vindos daquela localidade.

Quanto aos sintomas, são semelhantes aos de uma constipação, mas podem ser acompanhados de febre, fadiga, tosse e falta de ar.

Estão confirmados oficialmente 41 casos na China, seis dos quais em estado grave e mais de 700 pessoas a ser vigiadas. Em contrapartida, sete pacientes tiveram alta. Desde 3 de janeiro que não há registo de novos casos, exceto o da Tailândia.

Alerta da Direção-Geral da Saúde para os viajantes

Com o surto ainda em investigação, a Direção-Geral da Saúde confirma que está a acompanhar a situação e recomenda que os viajantes para aquela região da China adotem as seguintes medidas:

• Evitar contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas;

• Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes;

• Evitar contacto com animais;

• Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo)

• Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir.

• Se os viajantes para aquela região da China apresentarem sintomas sugestivos de doença respiratória, durante ou após a viagem, a DGS informa que devem procurar atendimento médico.